Inovação é alternativa para enfrentar a concorrência global
Apesar de obstáculos como a acentuada carga tributária, a elevada taxa de juros, a burocracia excessiva e a falta de conhecimento em gestão, pequenos negócios e microempreendedores individuais brasileiros vêm enfrentando esses desafios para inovar e ganhar competitividade no mercado global. A concorrência dos importados, por exemplo, ameaça a competitividade das empresas brasileiras, mas está sendo enfrentada com ações e produtos inovadores, cujos reflexos serão percebidos com mais evidência nos próximos anos.
Segundo o diretor do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o processo de diferenciação no sentido da inovação não se dá em nível local, mas em mercados bastante competitivos. “São micro e pequenas empresas de classe mundial”, destaca Carlos Alberto, ao apontar essa condição para que os pequenos negócios brasileiros alcancem competitividade em nível global. “A economia é cada vez mais aberta e coloca as empresas em situação de crescente competitividade”, explicou.
Nesse processo, elos de cadeias produtivas de pequenas indústrias estão sendo substituídos por produtos importados. “Observa-se a destruição de elos da cadeia que dificilmente se recompõem com a rapidez necessária para reverter à concorrência internacional no mercado nacional”, comenta Carlos Alberto. Ele aponta os avanços no ambiente legal de negócios nos últimos anos, como um fator de mudança para reverter esse processo em que a empresa local está em desvantagem na concorrência global.
“Para avançar é preciso desmitificar o conceito de inovação, que, na percepção dos empresários, ainda é algo desconhecido, complicado, difícil e caro, o que desestimula uma decisão favorável à diferenciação”, afirmou o diretor. Outra alternativa de acesso à inovação, indicada pelo diretor do Sebrae, é identificar possibilidades para ganhar competitividade, além de implementar soluções viáveis e compatíveis com as necessidades do segmento empresarial de pequeno porte.